Eu vi a paz e a tranquilidade hoje. Era uma linha bem esticada sobre um terreno baldio que, a essa hora de manhã, estava à sombra de uma casa alta. Alguns cd's velhos e outros trapos revezavam lugar nessa linha e protegiam uma prodigiosa plantação de feijão.
Pouco antes me sentia desequilibrada a ponto de precisar de um poema para listar tudo o que me pesava. Sem esperança, e já cansada de tanto caminhar, ao ver aquela linha bem esticada, senti um baque seco dentro de mim. Não entendia o que via, só sabia que ela estava ali, dançando seus cd's e trapos na brisa da primavera, pra me dizer alguma coisa. O baque seco me juntou lágrimas aos olhos. Aquela linha esticada, aquele cd dançando ao vento leve... ele sabia a resposta, não é?
Eu não pude me aguentar sobre as pernas. O vento queria me dizer algo. Tive que me sentar no banco mais próximo. Eu precisava o escutar dissertar sobre tudo o que sabia. Soprar o silêncio de fora corpo adentro e calar minha tormenta para que eu então entendesse o que eu precisava entender.
Eu quero ir pra casa.
Você me inspira ❤️
ResponderExcluirMuito Obrigada! Você também me inspira muito! <3
ExcluirVocê me inspira. Jeg elsker deg.
ResponderExcluir<3
ExcluirLucila, acabo de ler seu poema. De alguma maneira ele me faz lembrar Drummond e seus enigmas. E ontem mais uma imagem chocante ficou gravada em nossas retinas. Era difícil acreditar que pessoas despencavam de uma aeronave em pleno voo. Quer voltar pra casa, mas
ResponderExcluironde esta a casa?
fico lisonjeada que esse texto te lembre Drummond. Ele é meu segundo escritor preferido. E sim, situações tão extremas nos fazem pensar sobre nosso privilégios e a valorizar nossa casa.
ExcluirLucila, acabo de ler seu poema. De alguma maneira ele me faz lembrar Drummond e seus enigmas. E ontem mais uma imagem chocante ficou gravada em nossas retinas. Era difícil acreditar que pessoas despencavam de uma aeronave em pleno voo. Quer voltar pra casa, mas
ResponderExcluironde esta a casa?